quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Redes de comunicação

 Hoje os diversos meios de comunicação existentes têm uma enorme participação na economia e é um dos setores que mais cresceram nas últimas décadas.
 As emissoras de rádio ou TV, para poderem atuar, necessitam de uma autorização do governo federal. Por ser uma concessão pública, elas possuem prazo de duração e podem ser renovadas ou não, passando, para isso, por uma Comissão da Câmara de Deputados Federal, que aceita ou rejeita os pedidos de continuidade.
 As principais emissoras de TV do Brasil estão sediadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, com empresas afiliadas e retransmissoras nos outros estados. O fato de terem grande parte de sua programação produzida no Rio de Janeiro e em São Paulo influencia os hábitos e costumes de todo o país e propaga o que existe nessas duas metrópoles nacionais.
 A facilidade de atingir grande parte do território brasileiro se intensificou nas últimas décadas com as inovações tecnológicas, que melhoraram as transmissões de imagem e som.
 De outro lado, essa forte participação dos meios de comunicação de massa na sociedade acaba concedendo ás emissoras de rádio e TV um grande poder, tornando-as capazes de influenciar a opinião pública, posicionamentos ideológicos e políticos.
 As TVs por assinatura oferecem mais opções de canais- alguns deles temáticos, como  filmes, jornalismo e programas sobre a natureza. As imagens são transmitidas via satélite ou por cabo, com melhor definição. Esse sistema chegou ao país em 1996, mas, por ser pago ele é acessado por uma pequena parcela da população, mesmo dispondo de um maior número de opções. Ainda faltam mais emissoras que apresentem conteúdos socioculturais e educativos. Quando elas existem, dedicam grande parte de sua programação a temas alienantes, técnicos ou meramente informativos.
 Quanto à imprensa escrita, muitas empresas também estão ligadas às grandes corporações de rádio e TV, mas possuem uma participação menor, pois o número de brasileiros que leem revistas e jornais ainda é pequeno quando comparado ao de leitores em países ricos.


                 A internet


 A melhoria da telefonia possibilitou a ampliação da internet, sistema que, com um computador e uma linha telefônica, torna possível interligar computadores do mundo inteiro, formando uma ampla rede de comunicação denominada virtual.
 A internet também possibilita o acesso às informações a cada minuto. Não é necessário esperar o jornal do dia seguinte para sabermos mais detalhes sobre um fato. Além disso, a rede virtual oferece uma série de serviços, como pagamentos de contas e impostos, venda e compra de produtos, acesso a acervos de museus e bibliotecas, entre outros.
 A tecnologia empregada nos meios de comunicação vem exercendo um papel fundamental na organização do espaço geográfico: dinamizou a veiculação de informações, facilitou o intercâmbio entre os povos e aproximou culturas. Esse fenômenos levou a sociedade contemporânea a ser denominada também de sociedade da informação.

As principais províncias minerais do Brasil

   Quadrilátero Ferrífero 

Localizado no estado de Minas Gerais, abrange uma área entre os municípios de Belo Horizonte, Congonhas do Campo, Mariana e Santa Bárbara. É a área de maior produção de minério de ferro do país, nessa área ocorre também a exploração de manganês e bauxita.
Os minérios são transportados pela Estrada de Ferro Central do Brasil, que liga a região produtora aos mercados consumidores internos e ao porto do Rio de Janeiro. Pela Estrada de Ferro Vitória-Minas os minérios são transportados até os portos de Vitória e de Tubarão (ES), de onde são exportados para o mercado externo.


   Serra dos Carajás

Localizada entre os rios Araguaia e Xingu, no estado do Pará, abriga uma das maiores jazidas de minério de ferro, cobre, manganês, bauxita e ouro do país. Na década de 1970 desenvolveu-se nessa região o Projeto Grande Carajás, que teve como objetivo criar grandes obras de infraestrutura, visando à exploração dos minerais existentes.


  Maciço de Urucum

Localizado no Mato Grosso do Sul, ocorre a exploração do minério de ferro e do manganês. Uma parte dessa produção atende ao mercado siderúrgico da Região Centro-Sul, e a outra é destinada aos países do Mercosul, principalmente a Argentina. Esses minerais são escoados pelo porto fluvial de Corumbá e pela hidrovia do rio Paraguai.


  Serra do Navio

Se destaca basicamente pela exploração do manganês, que atende ao mercado estadunidense em especial. O escoamento desse mineral é feito pela estrada de ferro do Amapá até o porto marítimo de Santana.

Combustíveis fósseis

  - Petróleo

 No Brasil, o petróleo foi descoberto em 1939, na região do Recôncavo Baiano, e sua exploração e refino ficaram sob responsabilidade do Conselho Nacional do Petróleo.
 Em 1953, com a criação da Petrobras, instituiu-se o monopólio estatal das atividades de prospecção, exploração, refino e transporte do petróleo. Mais tarde, a importação do óleo bruto também passou a ser monopolizada por essa estatal brasileira.
 As jazidas de petróleo e gás natural concentram-se principalmente na plataforma continental( área correspondente á bacia sedimentar litorânea submersa). Dessa região, extrai-se quase todo petróleo e gás natural originados no país, e a bacia de Campos, localizada no litoral do Rio de Janeiro, é a área de maior produção. Em 2008, foram anunciadas as descobertas de novas reservas de petróleo na bacia de Santos, entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, o que fortaleceu ainda mais a autonomia brasileira na extração desse minério em um futuro próximo.

- O petróleo da camada do pré-sal

A camada denominada pré-sal constitui uma formação geológica localizada do subsolo do Atlântico sul, na costa que vai do Espírito Santo até Santa Catarina. Ocupa uma área de aproximadamente 800 km de extensão e engloba as bacias sedimentares do Espírito Santo, de Campos e de Santos.


- Carvão mineral

O carvão mineral é uma rocha sedimentar formada do soterramento e da compactação de florestas, ocorridos na era Paleozoica, há milhões de anos. Já em 1880, cerca de 97% da energia usada no mundo era originária desse recurso natural, empregado na geração de energia elétrica e na produção do aço. Um dos maiores problemas decorrentes do uso desse mineral é a grande quantidade de poluentes liberada na queima.

- Gás natural

O gás natural, é encontrado em áreas formadas por rochas sedimentares e está geralmente associado ao petróleo.
Esse gás é muito usado no aquecimento doméstico( chuveiro e torneiras), em fogões, no aquecimento de casas localizadas em países com invernos rigorosos, em veículos automotores e na produção de energia termelétrica.
No Brasil, as principais reservas continentais desse recurso mineral localizam-se nas bacias sedimentares da Amazônia e do Paraná. 
No mar, o gás natural ocorre próximo aos estados de Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro(responsável por cerca de metade da produção desse recurso no país).

- Energia nuclear

A energia nuclear ou atômica é obtida por meio da fissão nuclear, processo físico que consiste em dividir o núcleo de um átomo, gerando novos átomos e liberando muita energia. Esse processo, também usado na construção de bombas atômicas, é um importante meio de obtenção de energia, principalmente nos países onde os recursos hídricos são insuficientes. 
O mineral responsável pela obtenção dessa energia é o urânio.
Um dos pontos mais polêmicos da produção de energia nuclear refere-se ao risco em caso de vazamentos. Outra questão diz respeito ao perigo do lixo nuclear, visto que a radiatividade se prolonga por muito tempo.

- Energia eólica

No Brasil, embora haja boas condições naturais de vento, principalmente no Nordeste e no Sul do país, o desenvolvimento desse tipo de energia só começou em 2002, com o Programa de Incentivo ás Fontes Alternativas de Energia Elétrica, o Proinfa.

- Biocombustíveis

Biocombustíveis consistem em derivados da biomassa, como cana-de-açúcar, milho, soja, linhaça, pinhão-manso, mamona, arroz, óleo de palma, esgoto, restos de comida e dejetos animais, que podem ser usados como fonte  de energia.
Os principais biocombustíveis produzidos no Brasil são o etanol, extraído da cana-de-açúcar, e o biodiesel, proveniente de óleos vegetais ou de gorduras animais. Ambos constituem fontes de energia renováveis e são responsáveis por cerca de 18% de todo combustível consumido no país.
O Brasil é o pioneiro no uso de biocombustíveis em larga escala.


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Fontes de energia renovável e não-renovável

Renovável - Não se esgotam; se regeneram naturalmente ou a partir da correta intervenção humana, em um curto espaço de tempo; podem ser aproveitadas indefinidamente e, portanto, são fontes inesgotáveis.

Exemplos: Eólica, Solar e Hidráulica.


Não-renovável  - Dependem de recursos existentes em quantidade limitada no planeta, cuja renovação demoraria muito ou é economicamente inviável; se esgotam. Geralmente poluem mais do que as renováveis.

Exemplos: Petróleo, carvão mineral, o xisto betuminoso e o urânio.



           Principais fontes de energia no Brasil



- Petróleo: fornece óleo diesel, querosene, gasolina, asfalto, parafina, insumos para indústria petroquímica, além de gerar eletricidade nas usinas termelétricas;

-Hidráulica: produz eletricidade por meio das usinas hidrelétricas;

-Carvão mineral: fornece energia para as indústrias siderúrgicas e gera eletricidade nas termelétricas;

-Biocombustível: a maioria vem de óleos vegetais, no caso, o biodiesel, ou biomassa vegetal, no caso o bioetanol, sendo que o principal deles é o álcool, usado como combustível de automóveis;

-Outras fontes: destacam-se ainda no país o gás natural, a energia nuclear (átomo), a lenha, o carvão vegetal e a energia solar.


           Energia Hidrelétrica no Brasil


Nordeste - Sobradinho

Amazônia - Samuel; Balbina; Tucuruí.

Centro-Sul - Jupiá; Porto Primavera.


           Hidreletricidade no Brasil: Um breve histórico

  - Linha do tempo


- 1881 > Começou a utilização da eletricidade no Brasil;

- 1883 > Teve início o funcionamento da primeira usina hidrelétrica do país, em Minas Gerais;

- 1889 > Foi criada a Light;

- Séc XX > Foi construída a primeira usina hidrelétrica no nordeste;

- 1945 > Foi assinado o decreto que criava a Companhia Nacional Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).

- 1950 > A deficiência de energia elétrica na região mais industrializada do país, motivou a construção da hidrelétrica de Furnas, no rio Grande (MG).

- 1962 > Foi criada a empresa estatal Eletrobrás, responsável pelo Plano Geral de Eletrificação. (planejamento elétrico do país e a integração das regiões brasileiras).

- Década de 1960 > Surgiu a Companhia Energética de São Paulo S.A. (Cesp), que pôs em prática a construção de novas grandes usinas.

- 1990 > O governo privatizou a maioria das empresas energéticas do país, sob a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

- 2001 > Houve uma crise de fornecimento, pois os investimentos para aumentar a oferta de energia não acompanharam o crescimento do consumo.


domingo, 16 de setembro de 2012

Problemas socioambientais no campo

  Atualmente, o campo brasileiro sofre com vários problemas de ordem natural( escassez de água e salinização) e ocasionados pela ação humana (poluição dos solos, desmatamento e erosão).
  A degradação do solo pela salinização, embora possa ocorrer naturalmente, é mais comum em áreas irrigadas, quando processo de irrigação é feito de forma inadequada, sem o devido sistema de drenagem. Esse processo, associado á utilização intensiva de fertilizantes químicos, é responsável pela presença excessiva de sais no solo.
  O uso desmedido de agrotóxicos também é um grave problema enfrentado no meio rural. São cerca de 400 produtos químicos utilizados na agropecuária, e a aplicação constante e indiscriminada e, muitas vezes, sem assistência técnica, tem aumentado a concentração desses produtos no solo, nos mananciais e na atmosfera. Essa prática mostra que a agropecuária depende desses produtos, usados no controle de pragas e de doenças para garantir os índices de produtividade do setor. 
  Outro problema que envolve o campo, embora esteja ligado apenas à produção de cana, são as queimadas que ocorrem antes da colheita desse produto. Muitos estudos já foram desenvolvidos mostrando a relação entre as doenças respiratórias e as queimadas, nos locais que fazem uso dessa prática, como a região de Piracicaba, em São Paulo.
  O desmatamento e o uso inadequado dos solos, como já foi visto, são responsáveis pelo processo da desertificação no mundo todo.
  Vale dizer que a erosão acarreta perda dos solos, diminui a fertilidade da terra e provoca a poluição e o assoreamento dos mananciais.

Transgênicos


Transgênicos, ou organismos geneticamente modificados (em inglês, GMO), são produzidos, em laboratório, a partir da introdução de genes de outras espécies, com a finalidade de atribuir a eles características que não poderiam ser incorporadas de forma natural, ou por seleção artificial.


  > Argumentos favoráveis

- Os transgênicos podem aumentar a produção de alimentos, fornecendo fontes nutricionais mais baratas à população mundial;

- Tem potencial de acabar com os problemas relativos à desnutrição;

- A produção pode ser mais econômica, já que podem ser desenvolvidos organismos mais resistentes e duráveis;

- Plantações de vegetais transgênicos podem requerer menos quantidade de agrodefensivos, água e máquinas agrícolas, agredindo o meio ambiente de forma reduzida;

- Possibilidade de se desenvolver alimentos mais nutritivos, melhorando a saúde da população;

- Criação de organismos capazes de produzir substâncias úteis para a saúde humana, como vitaminas, anticorpos e remédios;

- Utilização de enzimas de bactérias geneticamente modificadas no sabão em pó, podendo degradar a gordura de tecidos e não danificá-los durante o processo de lavagem;

- Forrageiras geneticamente modificadas poderiam reduzir a emissão de gás metano pelo rebanho bovino;


   > Argumentos Contrários

- Os transgênicos podem prejudicar a biodiversidade, por três motivos: o uso elevado e contínuo de agrotóxicos, a contaminação genética fruto da polinização cruzada e a uniformização genética resultante do plantio extensivo de monoculturas de variedades geneticamente alteradas.

- A poluição genética é um risco enorme com os transgênicos – se alguma variedade geneticamente modificada é liberada na natureza, ela pode alcançar sucesso evolutivo e causar a extinção de espécies nativas.

- A propagação de variedades transgênicas por algumas poucas multinacionais causa uma uniformização genética responsável pela vulnerabilidade do cultivo. Dessa forma, como há menos diversidade, pragas, doenças e mudanças climáticas atingem todo o cultivo, o que compromete a segurança alimentar. Extinções locais de variedades de alimentos já é uma realidade provocada pela uniformização genética, que irá piorar com a disseminação dos transgênicos.

- Os transgênicos não irão acabar com a fome no mundo; segundo a ONU, produz-se mundialmente 1,5 vezes a quantidade de comida necessária para alimentar toda a humanidade: o problema é a distribuição desse alimento, que é desigual.

- Graças à polinização cruzada, variedades transgênicas podem contaminar variedades semelhantes, inclusive selvagens, da mesma espécie, o que pode levar à criação de super-pragas (resistentes a herbicidas).

- O modelo de agricultura transgênica não é sustentável, porque leva à utilização intensiva de agrotóxicos, que podem eliminar populações locais de minhocas, abelhas, e outros animais e plantas essenciais para a manutenção do solo e dos ecossistemas locais.



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A Concentração Fundiária

  A organização do espaço rural se caracteriza pela diversidade econômica, social e cultural por vários aspectos. Alguns deles são complementares, como a grande propriedade monocultora e a colheita mecanizada, outros se contrapõem, como a mecanização e mão de obra disponível.
  A estrutura fundiária de um país envolve a forma como os estabelecimentos rurais estão organizados em relação ao número e ao tamanho das propriedades e quanto à distribuição.

Índice Gini - trata-se de um instrumento que mede o grau de concentração de renda em determinado grupo.

Reforma Agrária - É um conjunto de medidas e ações que visam promover a redistribuição da propriedade rural, não significa somente isso, mas também a possibilidade de proporcionar às pessoas uma vida digna, com geração de trabalho e renda.

Agropecuária no Brasil: O Tradicional e o Moderno

  Embora a agropecuária seja a princípio uma atividade econômica ligada ao setor primário, atualmente, em virtude do desenvolvimento técnico-científico informacional ocorrido no campo, muitas das atividades se encaixam no setores secundário e terciário, como é o caso das agroindústrias, das fazendas de gado leiteiro, entre outras. No brasil, essa atividade foi a base da economia por séculos e, atualmente, ainda exerce papel importante. A cana-de-açúcar( no período colonial) e depois café, algodão, cacau, e fumo foram as principais mercadorias agrícolas de exportação do país até a primeira metade do século XX.
  O crescimento da agropecuária brasileira não se deve somente ao crescimento das áreas cultivadas, mas também ao desenvolvimento tecnológico que vem impulsionando a produtividade.

Os principais produtos agrícolas: centros de produção e de consumo


- Cana-de-açúcar 

  No início da ocupação territorial brasileira, a cana-de-açúcar foi a principal atividade econômica, desenvolvida no litoral nordestino. Em meados do século XX, a cana se expandiu para o Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, entre outros estados. As terras, que antes eram utilizadas para culturas diversas, principalmente para a produção de alimentos, passaram a ser ocupadas pela cana-de-açúcar destinada principalmente à produção de álcool combustível, o etanol.

- Café

  O Brasil ainda é o principal produtor exportador mundial de café, apesar de esse produto não ser atualmente o mais importante na economia nacional.
  Por muitas décadas, o café foi o principal produto da economia nacional.
  Com diversificação da economia e a exportação de bens industrializados e de outros produtos agrícolas, a participação do café nas exportações diminuiu para menos de 2,5% em 2006.

- Soja

  Esse produto é, atualmente, o que mais contribuiu com a balança comercial brasileira, atingindo cerca de 6,8% do total das exportações nacionais em 2006. O Brasil é o segundo maior produtor de soja (atrás dos EUA).
  Atualmente a lavoura da soja ocupa aproximadamente 35% das áreas cultivadas do país.

- Fumo

  O Brasil é o segundo maior produtor de fumo em folhas do mundo, com 13,5% do total da produção mundial em 2006 (atrás somente da China), e o quinto maior exportador.
  O cultivo desse produto ocorre principalmente em pequenas propriedades. O Rio Grande do Sul é o maior produtor com cerca de 51% do total nacional.

- Milho

  O milho era bastante usado por povos nativos do continente americano para fazer a farinha, pão e bebidas. hoje ainda é um produto bastante presente na alimentação de pessoas e de animais.
  Por se adaptar facilmente às condições naturais, esse produto é cultivado em vários lugares do território nacional, visando principalmente ao abastecimento do mercado interno.

- Algodão

  O cultivo do algodão no Brasil ocorre desde o período colonial, no Sertão nordestino. 
  Atualmente o estado do Mato Grosso responde por cerca de 53% da produção nacional, seguido de Goiás (14%) e Bahia (8%). Do total produzido cerca de um terço é destinado ao mercado externo.

- Cacau

  Planta nativa das Américas Central e do Sul, o cacau é um dos principais ingredientes usados na fabricação de chocolate. Trazido da Amazônia do século XVIII, ele se adaptou muito bem ao clima quente e úmido do sul do Bahia, proporcionando prosperidade às cidades de Itabuna e Ilhéus.
  Atualmente, o continente africano responde por cerca de 70% da produção mundial de cacau. O Brasil produziu, em 2004, 4,75% do total mundial. A industria nacional, além de consumir toda a produção interna, tem de importar cacau para atender às suas necessidades. 

- Arroz

  O arroz, um dos principais produtos do cardápio do brasileiro, vem passando por transformações significativas no seu processo produtivo. A modernização - com a introdução de novas variedades e de diferentes técnicas de manejo e de gerenciamento - possibilitou maior produtividade e rentabilidade a esse cultura.

- Feijão

  O Brasil é o maior produtor mundial de feijão. Tal como o arroz, é um alimento básico para o brasileiro. Cultivado em todo território nacional, faz do país o primeiro produtor mundial, respondendo por 16,3% do total global.

- Trigo

  Trazido para o Brasil no início do período colonial, o trigo foi cultivado por cerca de 2 séc. em terras quentes e úmidas da costa litorânea brasileira. Mais tarde, ele foi introduzido na Região Sul, onde encontrou condições naturais mais favoráveis para o seu desenvolvimento, em virtude da fácil adaptação a regiões frias. 

- Frutas

  A fruticultura constitui atualmente um importante setor da economia brasileira, em virtude da grande diversidade de produtos, o que torna o país um dos principais polos mundiais de produção de sucos de fruta . Embora o país produza vários tipos de suco, principalmente de frutas coletadas e processadas na Amazônia, o de laranja predomina e corresponde aproximadamente a 95,5% do total, fazendo do país o maior produtor e exportador mundial desse produto. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Domínios morfoclimáticos brasileiros

Domínio Amazônico


Situado ao norte brasileiro, o domínio brasileiro é a maior região morfoclimática do Brasil, com uma área de aproximadamente 5 milhões de Km2, abrangendo os Estados: Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso.
A região é pouco povoada, devido a grande extensão territorial e dos difíceis acessos ao interior dessa área. Nesse sentido, o governo em 1970, fez o programa de ocupação populacional na região amazônica, com migrações oriundas do nordeste.
Este domínio sofre grande influência fluvial, já que aí se encontra a maior bacia hidrográfica do mundo – a bacia amazônica. A região passa por dois tipos de estações flúvio-climáticas, a estação das cheias dos rios e a estação da seca, porém esta última estação não interrompe o processo pluviométrico diário, só que em índices diferentes. O transporte existente também é influenciado pela enorme rede hidrográfica, enquanto que o rodoviário é quase inexistente. Valendo destacar os tipos de matas encontradas na Amazônia, como: de iaipó – de regiões inundadas; de várzea – de regiões inundadas ciclicamente e de terras altas – que dificilmente são inundadas. As espécies de árvores encontradas nesta região são: castanaha-do-pará, seringueira, carnaúba, mogno, etc. (essas duas últimas em extinção); os animais: peixe-boi, boto-cor-de-rosa, onça-pintada; e a flora com a vitória régia e as diversas orquídeas. Com um clima equatorial, sem muitas mudanças de temperatura ao longo do ano, a região amazônica diferencia-se apenas nas épocas das chuvas (ou cheias dos rios) e das secas. Assim esta primeira época faz com que os rios transbordem e nutram as áreas de terras marginais ao leito dos mesmos. Com um solo essencialmente argiloso e a forte influência do escoamento fluvial, faz com que a Amazônia torna-se uma área de terras baixas, decapitando as formações existentes no seu substrato rochosos.

Nos dias atuais é grande a devastação ambiental na Amazônia – queimadas, desmatamentos, extinção de espécies, etc. – fazem com que a região e o mundo preocupe-se com seu futuro, pois se trata da maior reserva florestal do globo.




Domínio dos Cerrados


Formado pela própria vegetação de cerrado, nesta área encontram-se as formações de chapadas ou chapadões como a Chapada dos Guimarães e dos Veadeiros, a fauna e flora ali situada, são de grande exuberância, tanto para pontos turísticos, como científicos. Vale destacar que é da região do cerrado que estão três nascentes das principais bacias hidrográficas brasileiras: a Amazônica, a São-Franciscana e a Paranáica.

Localizado na região central do Brasil, o Domínio Morfoclimático do Cerrado detém uma área de 45 milhões de hectares, sendo o segundo maior domínio por extensão territorial. Incluindo neste espaço os Estados: do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Tocantins (parte sul), de Goiás, da Bahia (parte oeste), do Maranhão (parte sudoeste) e de Minas Gerais (parte noroeste). Encontrado ao longo de sua área cidades importantes como: Brasília, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Palmas e Montes Claros.
Devido a sua localização geográfica ser no interior brasileiro, o povoamento e a ocupação territorial nesta região era fraca, mas o governo federal vem a intervir com os programas de políticas de interiorização do desenvolvimento nos anos 40 e 50, e da política de integração nacional dos anos 70.
Centrada no planalto brasileiro, o domínio do cerrado é dividido pelas formações de chapadas que existem ao longo de sua extensão territorial, estas que são “gigantescos degraus” com mais de 500 metros de altura, formadas na era geológica Pré-Cambriana, limitam o planalto central e as planícies – como a Pantaneira. Com sua flora única, constituída por árvores herbáceas tortuosas e de aspecto seco, devido à composição do solo, deficiente em nutrientes e com altas concentrações de alumínio, a região passa por dois períodos sazonais de precipitação, os secos e os chuvosos. Com sua vegetação rasteira e de campos limpos, o clima tropical existente nesta área, condiz a uma boa formação e um ótimo crescimento das plantas. Também auxiliado pela importante rede hidrográfica da região, de onde são oriundas nascentes das três maiores bacias hidrográficas do Brasil como foi destacado no início. Isto lhe dá uma imensa responsabilidade ambiental, pois denota a sua significativa conservação natural. Com um solo formado principalmente por latossolos, areais quartzosas e podzólicos; constituem assim um solo carente em nutrientes fertilizantes, necessitando de correção para compor uma terra viável à agricultura. Observa-se também, que este mesmo solo apresenta características à fácil erosividade devido às estações chuvosas que ali ocorrem e principalmente a degradação ambiental descontrolada, estes processos fazem a remoção da vegetação nativa que tornam frágeis os horizontes “A” frente aos problemas ambientais existentes, como a voçoroca.


Domínio Mares de Morros


Este domínio estende-se do sul do Brasil até o Estado da Paraíba (no nordeste), obtendo uma área total de aproximadamente 1.000.000 km². Situado mais exatamente no litoral dos Estados do: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, da Bahia, Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba; e no interior dos Estados, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Incluindo em sua extensão territorial cidades importantes, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife, Porto Alegre e Florianópolis.
Como encontra-se na região litorânea leste do Brasil, foi o primeiro lugar a ser descoberto e colonizado pelos portugueses – tanto que é em Porto Seguro, Bahia, que atracou o navegante Pedro Álvares Cabral, descobrindo o Brasil. Com isso, a primeira capital da colônia portuguesa na América foi Salvador, onde iniciaram-se os processos de colonização e povoamento, respectivamente. É neste domínio que estão as duas maiores cidades brasileiras – São Paulo e Rio de Janeiro. Isto se deve a antiga constituição das duas cidades como centros econômicos, integradores, culturais e políticos. Foram muitos os resultados desse povoamento, como por exemplo, a maior concentração populacional do Brasil e a de melhor base econômica.
Como o próprio nome já diz, é uma região de muitos morros de formas residuais e curtos em sua convexidade, com muitos movimentos de massa generalizados. Os processos de intemperismo, como o químico, são frequentes, motivo pelo qual as rochas da região encontram-se geralmente em decomposição. Tem uma significativa gama de redes de drenagens, somados à boa precipitação existente (1.100 a 1.800 mm a/a e 5.000 mm a/a nas regiões serranas), que é devido à massa de ar tropical atlântica (MATA) e aos ventos alísios de sudeste, que ocasionam as chuvas de relevo nestas áreas de morros. Assim, os efeitos de sedimentação em fundos de vale e de colúvios nas áreas altas são muito intensos. A vegetação natural é da mata chamada Atlântica, com poucas áreas nativas de suma importância aos ecossistemas ali existentes. Sua flora e fauna são de grande respaldo ambiental e o solo é composto em sua maioria por latossolos e podzólicos, sendo muito variável. A textura se contradiz de região para região, pois é encontrado tanto um solo arenoso como argiloso. Como a sua extensão territorial alarga-se entre Norte – Sul, seu clima dependerá da sua situação geográfica, diferenciando-se em: tropical, tropical de altitude e subtropical.


Domínio das Caatingas


Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas abrange em seu território a região dos polígonos das secas. Com uma extensão de aproximadamente 850.000 km², este domínio inclui o Estado do Ceará e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Tendo como principais cidades: Crato, Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte.
Sendo uma das áreas junto ao domínio morfoclimático dos mares de morros, de colonização pelos europeus (portugueses e holandeses), sua história de povoamento já é bastante antiga. A caatinga foi sempre um palco de lutas de independência, seja ela escravista ou nacionalista. A região tornou-se alvo de bandidos e fugitivos contrários ao Reinado Português e posteriormente ao Império Brasileiro. Como o domínio das caatingas localiza-se numa área de clima seco, logo chamou a atenção dos mesmos para refugiarem-se e construírem suas “fortalezas”, chamados de cangaceiros. Com isso o processo de povoamento, instaurados nos anos 40 e 50, centrou-se mais em áreas próximas ao litoral, mas o governo federal investiu em infra-estrutura na construção de barragens, açudes e canais fluviais, surgindo assim o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Entretanto, o clima “desértico” da caatinga, prejudicou muito a ocupação populacional nesta região, sendo que a caatinga continua sendo uma área preocupante no território brasileiro em vista do seus problemas sociais, que são imensos.
Com o seu clima semi-árido, o solo só poderia ter características semelhantes. Sendo raso e pedregoso, o solo da caatinga sofre muito intemperismo físico nos latossolos e pouca erosão nos litólicos e há influência de sais em solo, como: solonetz, solodizados, planossolos, solódicos e soonchacks. Segundo Ab´Saber, a textura dos solos da caatinga passa de argilosa para textura média, outra característica é a diversidade de solos e ambientes, como o sertão e o agreste. Mesmo tendo aspectos de um solo pobre, a caatinga nos engana, pois necessita apenas de irrigação para florescer e desenvolver a cultura implantada. Tendo pouca rede de drenagem, os mínimos rios existentes são em sua maioria sazonais ao período das chuvas, que ocorrem num curto intervalo durante o ano. Porém existe um “oásis” no sertão nordestino, o Rio São Francisco, vindo da região central do Brasil, irriga grandes áreas da caatinga, transformando suas margens num solo muito fértil. Outro fato que chama a atenção, é a vegetação sertaneja, pois ela sobrevive em épocas de extrema estiagem e em razão disso sua casca é dura e seca, conservando a umidade em seu interior. Assim, a região é caracterizada por uma vegetação herbácea tortuosa, tendo como espécies: as cactáceas, o madacaru, o xique-xique, etc.


Domínios das Araucárias


Encontrado desde o sul paulista até o norte gaúcho, o domínio das araucárias ocupa uma área de 400.000 km², abrangendo em seu território cidades importantes, como: Curitiba, Ponta Grossa, Lages, Caxias do Sul, Passo Fundo, Chapecó e Cascavel.
A região das araucárias foi povoada no final do século XIX, principalmente por imigrantes italianos, alemães, poloneses, ucranianos etc. Com isto, os estrangeiros diversificaram a economia local, o que tornou essa região uma das mais prósperas economicamente. Caracterizado por colônias de imigração estabelecidas pela descendência estrangeira, podemos destacar como principais pontos, as cidades de: Blumenau – SC , colônia alemã; Londrina – PR, colônia japonesa; Caxias do Sul – RS, colônia italiana. Mas a vinda desses imigrantes não foi só boa vontade do governo daquela época. O Brasil tinha acabado de terminar a sua guerra com Paraguai, que deixou muitas perdas em sua população, em virtude disso a solução foi atrair imigrantes europeus e asiáticos.
Atualmente, a vegetação de araucária – chamada de pinheiro-do-Paraná, ou pinheiro-braseleiro – pouco resta, as indústrias de celulose e madeireiras da região, fizeram um extrativismo descontrolado que resultou no desaparecimento total em algumas áreas. Sua condição de arbórea, geralmente com mais de 30 m de altura, condiz a um solo profundo, em virtude de suas raízes estabelecerem a sustentação da própria árvore. A região das araucárias encontra-se no planalto meridional onde a altitude pode variar de 500 metros até cerca de 1.200 m. Isso evidencia um clima subtropical em toda sua extensão que mantém uma boa relação com a precipitação existente nesse domínio, variando de 1.200 a 1.800 mm. Nesse sentido, a região identifica-se com uma grande rede de drenagem em toda a sua extensão territorial. O solo é formado principalmente por latossolos brunos e também é encontrado latossolos roxos, cambissolos, terras brunas e solos litólicos. Com estas características, o solo detém uma alta potencialidade agrícola, como: milho, feijão, batata, etc. As morfologias do relevo se destacam por uma forte ondulação até um montanhoso, o que o representa num solo de fácil adesão a processos erosivos, iniciados pela degradação humana e social.


Domínio das Pradarias


Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gaúcho, o domínio morfoclimático das pradarias compreende uma extensão, segundo Ab’Saber, de 80.000 km² e de 45.000 km² de acordo com Fontes & Ker – UFV. Tendo como cidades importantes em sua abrangência: Uruguaiana, Bagé, Alegrete, Itaqui e Rosário do Sul.
Território mãe da cultura gauchesca, suas tradições ultrapassam gerações, demonstrando a força da mesma. Caracterizado por um baixo povoamento, a região destaca-se grandes pelos latifúndios agropastoris, que são até hoje marcas conhecidas dos pampas gaúchos. Os jesuítas iniciaram o povoamento com a catequização dos índios e posteriormente surgem as povoações de charqueadas. Passando por bandeirantes e tropeiros, as pradarias estagnam esse processo (ciclo do charque) com a venda de lotes de terras para militares, pelo governo federal. Devido à proximidade geográfica com a divisão fronteiriça de dois países (Argentina e Uruguai), ocorreram várias tentativas de anexação dos pampas a uma destas nações – devido aos tratados de Madrid e de Tordesilhas. Mas as tentativas foram inválidas, hoje os pampas continuam sendo parte do território brasileiro.
Como é uma área também chamada de pradarias mistas, o solo condiz ao mesmo. Segundo Ab’Saber, que o caracteriza como diferente de todos os outros domínios morfoclimáticos, existindo o paleossolo vermelho e o paleossolo claro, sendo de clima quente e frio. Denominado um solo jovem, devido guardar materiais ferrosos e primários, sua coloração vêem a ser escura. Estabelecido por um clima subtropical com zonas temperadas úmidas e sub-úmidas, a região é sujeita a sofrer alguma estiagem durante o ano. Sua amplitude térmica alcança índices elevados, como em Uruguaiana, considera a mais alta do Brasil, com 7° a/a. Isto evidencia suas limitações agrícolas, pois o solo é pouco espesso e têm indícios de pedrugosidade. Assim, caracteriza-o a uma atividade pastoril de bovinos e ovinos. Com a utilização do solo sem controle, denota-se um sério problema erosivo que origina as ravinas e posteriormente as voçorocas. Esse processo amplia-se rapidamente e origina o chamado deserto dos pampas. A drenagem existente é perene com rios de grande vazão, como: Rio Uruguai, Rio Ibicuí e o Rio Santa Maria.



Faixas de transições


Encontrados entre os vários domínios morfoclimáticos brasileiros, as faixas de transições são: as Zonas dos Cocais, a Zona Costeira, o Agreste, o Meio-Norte, as Pradarias, o Pantanal e as Dunas. Espalhadas por todo o território nacional, constituem importantes áreas ambientais e econômicas.




quinta-feira, 21 de junho de 2012

Caracterização da Região Centro-Sul

  A região Centro-Sul é mais industrializada, urbanizada e rica do país, pois nela estão situadas as maiores metrópoles nacionais, nas quais a indústrias e os serviços são responsáveis por grande parte do PIB nacional. Essas características não estão distribuídas uniformemente na região. Existem grandes cidades que apresentam dinâmicas econômicas e transformações espacias intensas e, ao mesmo tempo, áreas estagnadas economicamente.
  A violência não está distribuída no espaço de maneira uniforme; há áreas nas quais os índices de violência são relativamente baixos, tanto nas grandes quanto nas pequenas cidades, e há áreas onde o índice é relativamente alto.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cordel do Nordeste

  O nordeste é muito bonito,
  Mas muita gente compara com o lixo;
  Aqui riqueza maior não há,
  É pra cuidar e preservar.

  A cultura aqui é predominante,
  Chega até a ser radiante;
  Mas muita gente não dá valor,
  O que é pra cuidar com muito amor.

  Para o nordeste ser cada vez mais valorizado,
  Tem que tratar com muito cuidado,
  O sertão desvalorizado.

  O nordeste tem história,
  E o lampião logo vem a memória,
  Mas não podemos esquecer,
  Luiz Gonzaga conceber toda sua glória.

  O forró daqui é arretado,
  Tem muito ritmo e gingado;
  O São João é animado,
  E o carnaval badalado.

  E assim podemos desfrutar,
  De tudo que aqui há;
  E aproveitar cada vez mais,
  O nosso lindo lugar.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A transposição do rio São Francisco

  O projeto de transposição do rio São Francisco tem o objetivo de criar dois canais para ligar o rio São Francisco a outras bacias hidrográficas do nordeste.
  Engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que muito afeta as populações do semi-árido brasileiro, a seca (aspecto positivo); e, ao mesmo tempo, trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois irá afetar um dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e abastecimento (aspecto negativo).

Linha do tempo

Séc XVI: O primeiro ciclo econômico do Brasil foi a extração do pau-brasil, madeira avermelhada utilizada da tinturaria de tecidos na Europa e abundante em grande parte do litoral brasileiro na época do descobrimento;
sementes de pau-brasil


  O segundo ciclo econômico brasileiro foi o plantio de cana-de-açúcar, utilizada na Europa para manufatura de açúcar em substituição á beterraba;


Séc XVII: A pecuária é vista como de povoamento do interior;


Séc  XVIII: A partir dai, o sul da Bahia passou a se destacar pela produção de fumo e posteriormente de cacau;
Cacaueiro




Séc XIX: Foi introduzido o cultivo de algodão no sertão, devido á sua condição de semi-aridez e resistência ás secas, o algodão se tornou a principal opção fitotécnica para os nordestinos. A produção de arroz começou a ser desenvolvida no Maranhão;
plantação de algodão 



Séc XX: O algodão ainda era o produto que se constituía na principal fonte de geração de renda para agricultura familiar nordestina.


Sé XXI: O nordeste volta a crescer em sintonia com a economia nacional.









terça-feira, 29 de maio de 2012

As Sub-regiões do nordeste


A região Nordeste é composta pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em seu território há uma grande diferenciação de características físicas, refletindo diretamente nas atividades econômicas e sociais da população. Devemos romper com o paradigma de que o Nordeste brasileiro é um lugar de seca, fome e miséria, e sim, saber analisar essa região tão rica em belezas naturais e diversidade cultural. Entender as sub-regiões do Nordeste é o primeiro passo.
A Região Nordeste é dividida em quatro sub-regiões: meio-norte, sertão, agreste e zona da mata.Meio-norte – é uma faixa de transição entre a Amazônia e o sertão semiárido do Nordeste, é composta pelos estados do Maranhão e oeste do Piauí. A vegetação natural dessa área é a mata de cocais, carnaúbas e babaçus, em sua maioria. Apresenta índices pluviométricos maiores a oeste. É uma região economicamente pouco desenvolvida, prevalece o extrativismo vegetal, praticado na mata de cocais remanescente (babaçu), agricultura tradicional de algodão, cana de açúcar e arroz, além da pecuária extensiva.
Sertão – é uma extensa área de clima semiárido, conhecido como “Polígono das Secas”. Compreende o centro da Região Nordeste, está presente em quase todos os estados. Essa sub-região nordestina possui o menor índice demográfico da Região.
Os índices de pluviosidade são baixos e irregulares, com a ocorrência periódica de secas. A vegetação típica é a caatinga. A bacia do rio São Francisco é a maior da região e a única fonte de água perene para as populações que habitam suas margens, é aproveitado também para irrigação e fonte de energia através de hidrelétricas como a de Sobradinho (BA). As maiores concentrações populacionais estão nos vales dos rios Cariri e São Francisco. A principal atividade econômica é a pecuária extensiva e de corte. Outras atividades desenvolvidas no Sertão são: cultivo irrigado de frutas, flores, cana de açúcar, milho, feijão, algodão de fibra longa (no Vale do Cariri, Ceará), extração de sal (litoral cearense e potiguar) e o turismo nas cidades litorâneas. A indústria baseia-se no polo têxtil e de confecções. Políticas públicas são necessárias para o desenvolvimento socioeconômico no Sertão nordestino, proporcionado qualidade de vida para sua população.Agreste – corresponde à área de transição entre o sertão semiárido e a zona da mata, úmida e cheia de brejos. Essa sub-região é composta pelos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. A principal atividade econômica nos trechos mais secos do agreste é a pecuária extensiva; nos trechos mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária leiteira. Predominam as pequenas e médias propriedades com o cultivo do algodão, do café e do sisal (planta da qual se extrai uma fibra utilizada para fabricar tapetes, bolsas, cordas, etc.). Outro elemento de destaque na economia local é o turismo, com a realização de festas que atraem multidões, como, por exemplo, as festas juninas.
Zona da Mata – também conhecida como Litoral Continental, essa sub-região compreende uma faixa litorânea de até 200 quilômetros de largura que se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. Apresenta a maior concentração populacional do Nordeste e é a sub-região mais urbanizada. O clima é tropical úmido e o solo é fértil em razão da regularidade de chuvas. A vegetação natural é a mata Atlântica. O cultivo da cana de açúcar é a principal atividade econômica praticada na Zona da Mata. Outras atividades econômicas desenvolvidas são: extração de petróleo, o cultivo de cacau, café, frutas, fumo, lavoura de subsistência, significativa industrialização, destaca-se também a produção de sal marinho, principalmente no Rio Grande do Norte, além da atividade turística que atraí milhões de visitantes para as belas praias nordestinas.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Nordeste e suas peculiaridades

  O nordeste é rico em muitos aspectos, mas também desprovido de outros, como por exemplo: O turismo, a cultura, a saúde pública e as secas.
  Um ponto positivo é o turismo, onde somos prestigiados com inúmeras visitas, não só nas épocas de alta temporada, mas durante todo o ano, nos levando a colocação de uma das regiões que mais atrai turista do Brasil. Nossas belíssimas paisagens naturais são o que mais aguçam o desejo dos peregrinos de virem pra cá. 
  Outro ponto positivo é a cultura riquíssima daqui, que mesmo com o tempo, nunca perde sua hegemonia, como o São João, o frevo, as danças, o carnaval e muitas outras coisas, e também é considerado como atração turística.
  Olhando por outro lado, essa região tão apreciada, também tem seus lados ruins, a seca é um fator que deixa parte da população e os sertanejos desprovidos de quase tudo, tanto de água como de comida  pois sem água, não conseguem cultivar,e assim eles ficam sem renda, os animais também morrem e uma das poucas soluções são os carros-pipa. Na minha opinião a seca e esse clima tão quente é o que acaba com o encanto desse lugar, pois um clima moderado,com uma época de chuva bem distribuída, seriam muito melhor, aliviante e não causariam tantos problemas.
  Já este ponto negativo, tem solução, e só depende do governo brasileiro, são os hospitais públicos, que pelo o que eu vejo, não é só um problema do nordeste, mas de todos os lugares do brasil. E quem sempre sai prejudicado são as pessoas de baixa renda.
  E como todo lugar, o nordeste tem suas maravilhas e seus problemas, basta conservar e investir nos pontos positivos e combater os negativos, fazendo assim o nordeste se torna uma região cada vez melhor.

As secas

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Dentre os muitos aspectos apresentados pela Região Nordeste o que mais se destaca é a seca, causada pela escassez de chuvas, proporcionando pobreza e fome. 

A partir dessa temática é importante entender quais são os fatores que determinam o clima da região, especialmente na sub-região do sertão, região que mais sofre com a seca. 

O Sertão nordestino apresenta as menores incidências de chuvas, isso em âmbito nacional. A restrita presença de chuva nessa área é causada basicamente pelo tipo de massa de ar aliado ao relevo, esse muitas vezes impede que massas de ar quentes e úmidas ajam sobre o local causando chuvas. No Sertão, as chuvas se apresentam entre dezembro e abril, no entanto, em determinados anos isso não acontece, ocasionando um longo período sem chuvas, originando assim, a seca. 

As secas prolongadas no Sertão Nordestino são oriundas, muitas vezes, da elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico, esse aquecimento é denominado pela classe cientifica de El Niño, nos anos em que esse fenômeno ocorre o Sertão sofre com a intensa seca. 

A longa estiagem provoca uma série de prejuízos aos agricultores, como perda de plantações e animais, a falta de produtividade causada pela seca provoca a fome



Saúde pública

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   Um dos maiores desafios do Nordeste está na área da saúde.São muitas deficiências, muita burocracia. Os problemas afetam diretamente a população mais pobre. Mas também há aspectos positivos.

   O principal deles é uma espécie de mutirão para salvar a saúde do estado grave em que se encontra. Já foram encontrados suficientes resultados bem positivos na 
redução da mortalidade infantil.
   No maior hospital público de Sergipe, as ambulâncias chegam, até de estados vizinhos.Com
 essa procura, os médicos das grandes cidades atendem até 30 pacientes por dia. Mas em alguns postos, faltam profissionais.
   São muitos os desafios dessa região quando o assunto é saúde. Um deles é levar água e rede de esgoto ás casas. A falta de saneamento básico pode provocar inúmeras doenças.
   
   Em Pernambuco, por exemplo, os índices de mortalidade infantil foram reduzidos em 42%, nos últimos dez anos. Mas ainda há muito o que fazer.
   Hoje, enfermeiros, médicos, agentes de saúde, formam o batalhão de combate a esse eterno inimigo da comunidade pobre. Com aulas práticas, eles ensinam a população a ter cuidados com a saúde. E tem dado certo.

 Hoje, enfermeiros, médicos, agentes de saúde, formam o batalhão de combate a esse eterno  inimigo da comunidade pobre. Com aulas práticas, eles ensinam a população a ter cuidados com a saúde. E tem dado certo.



Cultura - São João





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     O  São João nordestino é uma festa tão tradicional e comemorada quanto o carnaval da Bahia ou do Rio, o natal na Serra Gaúcha ou mesmo a festa de Parintins na Amazônia. Esperada com ansiedade e animação em todas as cidades, em duas delas, este evento se tornou tão tradicional que chegam a comemorar a data por mais de um mês: Caruaru – PE e em Campina Grande – PB. A fogueira lembra o anúncio do nascimento de João Batista, nas noites de junho são montadas fogueiras como forma de comemoração. A quadrilha, de origem francesa, era uma dança típica que comemorava os casamentos da aristocracia européia.
Os tecidos finos da nobreza deram lugar à chita, tecido mais barato e o casamento nobre foi adaptado a uma encenação.
A história é sempre a mesma: a noiva, que geralmente está grávida, é obrigada a casar pelos pais e o noivo recusa, sendo preciso à intervenção da polícia para que o caso se resolva. A quadrilha é realizada como comemoração do casório.
A cidade de Caruaru é conhecida por promover uma das maiores festas de São João do Nordeste.
 É neste evento, em que a tradição e o contemporâneo se encontram, o interessante é estar consciente da importância de celebrar as manifestações artísticas regionais. Com essa consciência, fica claro que a diversidade musical só tem a acrescentar no São João.

Por Thereza Dantas 01

Turismo

11 - Praia do Gunga - Roteiro - Foto de Sérgio Ficuri

O imenso litoral com praias belíssimas, muitas intocadas, que são comparadas apenas às do Caribe, colocam o Nordeste entre as grandes rotas de turismo mundial. Milhões de turistas desembarcam nos modernos aeroportos nordestinos todos os anos. Há alguns anos os estados vêm investindo intensamente na melhoria da infraestrutura, criação de novos pólos turísticos, e alguns no desenvolvimento do ecoturismo.
 Com águas quase sempre mornas e transparentes, as praias do Nordeste formam um dos maiores patrimônios do Brasil, atraindo turistas de todos os cantos do planeta, maravilhados com a beleza excepcional de lugares como Fernando de Noronha, em Pernambuco.
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A cada ano, praticamente, uma das praias do Nordeste alcança projeção na mídia nacional e internacional, por sua beleza arrebatadora. Foi assim com Jericoacoara, no Ceará, com Porto de Galinhas, em Pernambuco, e muitas outras, numa lista imensa, que inclui praias urbanas, como as de Maceió, capital de Alagoas, e Salvador, capital da Bahia.